24 de novembro de 2011

Prefiro a ilusão


Mas se eu tivesse continuado, teria sido diferente?
Melhor interromper o processo no meio quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais - porque ir em frente??
Não há sentido! Melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido na gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia, qualquer coisa que depois de muito tempo, a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê.
Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.
Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desisitindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita.
Quando eu "quase" tenho certeza que se insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir pode não terminar da melhor maneira, que pode ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor.
Talvez medo, covardia, loucura quem sabe.

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